domingo, 20 de julho de 2008

Balé de dois.

Avança com passos de bailarina, mistura o norte com o oeste.

E de lestes viventes pulsa o brilho de um solo deslizante.

Não cai nas tentativas de um número para um teatro intimista.

Uma dança ensaiada, um calor circundante, um afeto bailante.

Quantos voltas e desvoltas de um sorriso pra lá de vibrante.

Perdeu o tempo que sofreu, ganhou o futuro que reinará.

Importa a noção limitada de um relógio que marca a hora errada?

Pois não, não há tempo contado, não há hora determinada.

É do infinito, do espaço, do vácuo que então existe tudo.

Existirá o tudo, o mundo e o sempre.

De sempres, eternos, constantes e levantes do silêncio então,

Parará o tempo, congelará o momento e assim retornará.

Retornará aos passos de bailarina, cheios de sabores de sul,

E esperanças de inúmeras direções.

Está para chegar o dia do espetáculo final, a dança triunfal.

Lacunas a serem preenchidas.

Novos passos a serem criados.

Balé de dois.