segunda-feira, 19 de maio de 2008

Por entre silêncios



Por entre silêncios, no vai e vem da rotina
Por entre palavras, na mistura do dia-a-dia
Esfumaçada pela neblina a lua se posicionou de ponto a ponto
Sigo e me guio por entre silêncios
Segunda-feira de ônibus recheados de vidas, de histórias perdidas em bares
Gargalhadas ecoam pelas ruas
Damas que profetizam e confabulam,
Gente que corre e se comunica
Por entre silêncios de um espectador atento.
Luzes desfocadas, noite viva
Em qualquer canto, cada esquina, a lua ilumina
Veja dali, suma por aqui, absorva lá dentro
No canto do que não é dito,
Não adianta se prender a tantos olhos atenciosos
Por entre silêncios, na madrugada a canção é mais bela
Por entre silêncios, com quantos estranhos se faz uma história?
Por entre silêncios, não se perca no vazio da multidão
Por entre silêncios, ouça o que está por dentro
Por entre silêncios, busque a voz da solidão
Por entre silêncios.